As crianças e as birras
Apenas 1 palavra! – Estratégias para lidar de forma positiva com a criança
Todos nós temos guardada em nosso interior a criança que fomos um dia! Em alguns momentos, como nos de dores, perdas, frustrações, raiva, insegurança ou paixão, ela aparece, nos toma pela mão e nos faz reagir da mesma forma que aprendemos reagir na infância, do mesmo jeito que aprendemos quando éramos crianças.
Por isso, algumas vezes nossas reações são tão ‘infantis’, inadequadas para o adulto que tentamos ser. Para a nossa criança interna, tais reações foram úteis, e então ela vem com a intenção de nos ajudar! É a melhor forma que ela sabe fazer!
Mas para um adulto, essa forma ‘infantil’ de resolver os conflitos não é mais tão útil e na maioria das vezes, atrapalha. O problema é que nossa criança ferida guarda os traumas do passado e com isso ficamos presos às suas dores! Ela não descansa! Não relaxa! E é acionada por qualquer situação que de alguma forma lembre alguma cena traumática.
Mas o que fazer com a nossa criança interna? Precisamos ignora-la?
Não! A nossa criança interna poderá continuar aparecendo para sinalizar que algo não vai bem. Podem acreditar: ela é mais esperta e mais sensível que o adulto que nos tornamos! Escutem! Não desprezem o que sua criança interna diz! Mas não a obriguem a resolver seus problemas de adulto!
Ela precisa apenas de cura e libertação!
O autoconhecimento nos ajuda a acolher esta criança que grita, chora, se confunde e faz birra; a reconhecer em quais momentos é ela quem está agindo e assim acalmá-la e socorrê-la! Como adulto que somos (ou tentamos ser), precisamos procurar formas mais adequadas de resolver os nossos conflitos! Precisamos nos conhecer por dentro!
Por meio da reflexão e da elaboração das dores infantis, poderemos deixar nossa criança interna continuar a ser criança! Deste modo, ela ficará livre para nos tomar pelas mãos quando de fato couber sua ajuda! Quando estivermos tão sérios ou distantes das brincadeiras da vida a ponto de enlouquecer! Ela poderá vir para nos lembrar de que sabemos nos divertir e de que podemos ser mais leves!
Texto: Carolina Dantas – psicóloga e ministrante do curso Voa, meu amor!
